"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.
(Dalai Lama)


sábado, 31 de maio de 2008

Saber Viver


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.

(Cora Coralina)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mudança


Essa história que eu vou contar agora aconteceu com uma mulher inteligente que estava fazendo uma palestra. Diz ela:

"Mês passado participei de um evento sobre o Dia da Mulher. Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi. Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um "oooohh" de descrédito.

Aí fiquei pensando: "pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?

"Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado "juventude eterna". Estão todos em busca da reversão do tempo. Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas. Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada.
A fonte da juventude chama-se mudança.

De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas. Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.

Mudança, o que vem a ser tal coisa?

Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.

Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu.Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu.Toda mudança cobra um alto preço emocional.

Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.

Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.

Olhe-se no espelho...


Texto de *Martha Medeiros*

Nature






IMAGENS QUE PODEM SER UTILIZADAS COMO WALLPAPERS

quinta-feira, 29 de maio de 2008

No centenário da imigração, quimono é peça-chave!

Ninguém há de negar que o Japão é um lugar em que tradição e modernidade convivem em harmonia. A tese fica ainda mais forte quando o assunto é moda. Tome o quimono como exemplo: a peça é uma herança milenar do vestuário local, que resiste na cultura daquele país em meio aos looks ousadíssimos dos jovens de Tóquio: modelitos inspirados em mangás, combinados a cabelos coloridos.

Em tradução literal, o quimono quer dizer “o que a pessoa veste”. Originalmente, portanto, referia-se a qualquer indumentária. Mas, hoje, quimono é só quimono: vestes longas, que levam mangas amplas e uma faixa, chamada de obi, presa na cintura.

As peças, que vestem crianças, homens e mulheres, com leves diferenças – os homens, por exemplo, amarram o obi mais abaixo da cintura – invadiram a Europa no século XIX. E, obviamente, viajaram nas malas dos imigrantes japoneses que chegaram nestas terras no navio Kasato Maru, aportado em Santos em junho de 1908.

É a chegada desse navio que marca a comemoração do centenário da imigração japonesa no Brasil. E o quimono é peça-chave nesta festa! Que tal colocar um deles no seu guarda-roupa?


Para saber mais:

Keikogi – espécie de quimono, usado como uniforme na prática de artes marciais.
Obi – faixa usada em volta do quimono.
Yukata – quimono casual e com tecido mais leve.
Katabira – quimono sem forro.
Kosode – quimono de mangas curtas.
Furisode – quimono de mangas longas.



Extraído de: CHIC NEWS

terça-feira, 27 de maio de 2008

O cigarro está com os dias contados

O cigarro é uma irracionalidade num mundo
regido pela correção política.



Fumar é um hábito que morreu socialmente, tanto quanto usar chapéu ou cuspir em escarradeiras. O mundo está dividido em ex-fumantes e gente que nunca vai colocar um cigarro na boca. O grupo dos ex-fumantes é composto também de ex-boêmios, ex-românticos, ex-poetas, ex-artistas. Gente que já fumou muito e parou.


E que, coincidência ou não, também parece já ter vivido seus melhores dias. Apesar de terem hoje dentes mais brancos e uma pele melhor, os neocaretas exalam um pouco o ar daquelas pessoas que já foram mais relevantes e mais felizes.

Como o mundo desembocou nessa rua sem saída para o cigarro? Ao longo de um século, fumar foi um hábito para lá de aceito: era um rito de passagem desejado, um gesto de glamour cultuado, quase um sinal de normalidade – esquisito era o sujeito que não carregava um maço no bolso. O cigarro era um companheiro que inspirava, consolava, ajuda a celebrar momentos bons, redimir passagens ruins e trafegar por horas solitárias. O cigarro estava na televisão, no cinema, nas revistas, nas crônicas de Rubem Braga e de Nélson Rodrigues. Estava em todo lugar: na sala de casa, no consultório médico, nos elevadores, na boca dos pedreiros e dos banqueiros.

Para quem nasceu ontem, no entanto, fumar é apenas um ato vergonhoso, quase uma fraqueza moral. O fumante é visto como um viciado, um doente, alguém que incomoda. O golpe derradeiro é a recente proibição do cigarro nos cafés franceses – ícone máximo daquela imagem idílica do cigarro como universo temático, como dimensão estética. Até isso está virando fumaça.

Alguém dirá que o grande responsável por essa derrocada é o câncer. Acredito que o carcinoma – para não falar no mau hálito – tenha sua parcela de culpa. Mas acho que há um fator ainda mais forte para o banimento do tabaco. Trata-se do espírito hedonista do cigarro, que perdeu o lugar neste mundo prático, financista e sem graça em que vivemos. O algoz do fumacê não é a medicina: é o puritanismo.

O cigarro é uma auto-indulgência num mundo que cobra estoicismo a todo momento. O cigarro é uma pausa, um tempo que dedicamos a nós mesmos, num mundo acelerado, em que o tempo não nos pertence mais. O cigarro é uma pequena transgressão num mundo cujas engrenagens não permitem desobediência. O cigarro é uma irracionalidade num mundo regido pela correção política. O cigarro é um prazer solitário, sujo, fora da lei, num mundo grandemente asséptico e moralista. O cigarro tem um quê de lassidão e poesia – e não há mais lugar para isso. Eis o que eu lamento: o cigarro está desaparecendo muito mais pelo que ele traz de bom ao espírito do que pelo que faz de mal ao corpo. Por tudo isso, desconfio que o mundo fica um lugar pior sem o cigarro.


Extraído de REVISTA ÉPOCA

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Obrigada, Guga

Despedida de Gustavo Kuerten, o maior tenista brasileiro,
sob aplausos do público em Roland Garros


Sentiremos saudades de sua alegria, dos seus gemidos a cada sacada, de suas vitórias ...
o tênis brasileiro nunca mais será o mesmo.

domingo, 25 de maio de 2008

Quero...



"Quero sempre poder ter um sorriso estampado em meu rosto,
Mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém
também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas
renúncias e loucuras, alguém me valoriza
pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo,
que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida proporciona,
que dê valor ao que realmente importa,
que é meu sentimento...e não brinque com ele."

(Mário Quintana)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Flor de Lótus


Símbolo da pureza, também conhecida como, " Jóia da Sabedoria ".
O Lótus é uma planta aquática que nasce nos charcos e rios de águas turvas. Mesmo nascendo no fundo de charcos aflora à superfície da água com uma flor imaculadamente branca.

Da mesma forma que a lama não suja as pétalas do Lótus, assim também, o homem pode conviver com os problemas do mundo, sem deixar-se influenciar por eles.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

DIA DO ABRAÇO



Dizem os orientais que, quando abraçarmos uma pessoa querida a quem amamos, devemos fazer da seguinte forma: inspirando e expirando três vezes, e aí sua felicidade se multiplicará pelo menos dez vezes.
O efeito terapêutico do abraço é inegável. Diante disso não podemos esperar para abraçarmos a quem queremos bem.
Se você estiver sentindo um vazio interior, tente abraçar o seu amigo(a), deslizando delicadamente a mão sobre as costas dele (a), para que o possa sentir junto a você.
Nos Momentos de dor e de alegria é que vemos o bem que um grande e demorado abraço nos causa.
Pelo abraço, transmitimos emoções, recebemos carinho, trocamos afeto, compartilhamos alegria, amenizamos dores, demonstramos amizade, doamos amor, expressamos nossa humanidade. É tempo de enlaçarmos nossos braços num terno, profundo e afetuoso abraço.


Terapia do Abraço

O que faz você, por exemplo, quando está com dor de cabeça? Ou quando está chateado? Será que existe algum remédio para aliviar a maioria dos problemas físicos e emocionais?
Pois é, durante muito tempo estivemos a procura de alguma coisa que nos rejuvenescesse, que prolongasse o nosso bom humor, que nos protegesse contra as doenças, que curasse nossa depressão, que nos aliviasse de nosso estresse, que nos fizesse chegar próximo daquele com quem brigamos.Sim, alguma coisa que fortalecesse nossos laços e que inclusive nos ajudasse a adormecer tranqüilos.
Encontramos!
O remédio havia sido descoberto e já estava a nossa disposição. E continua ao alcance de nossas mãos. O mais impressionante de tudo é que, ainda por cima, não nos custa nada. Aliás, custa sim, custa um pouco de vontade de perdoar.
É o ABRAÇO!
O abraço é milagroso. É medicina realmente muito forte. O abraço como sinal de afetividade, de carinho e de perdão pode nos ajudar a viver mais tempo, proteger-nos contra doenças, curar a depressão e fortificar os laços familiares.
O abraço é excelente tônico!
Hoje sabemos que a pessoa deprimida é bem mais suscetível a doenças.O abraço diminui a depressão e revigora o sistema imunológico da pessoa. O abraço injeta nova vida nos corpos cansados e fatigados, e a pessoa abraçada se sente muito mais jovem e vibrante.
O abraço aumenta significativamente a hemoglobina na pessoa tocada.
Para lembrar, hemoglobina é aquela parte do sangue que transporta o oxigênio para os órgãos mais vitais do nosso corpo, inclusive o cérebro e o coração.
O uso regular do abraço, por isso tudo, prolonga a vida, sara a depressão e estimula a vontade de viver, crescer e progredir.
Sabe quantos abraços você precisa dar por dia?
8... para manter-se vivo.
E o mais bonito, é que este remédio não tem contra indicações e não há maneira de dá-lo sem recebê-lo de volta!
Um abraço


Extraído de: MENSAGENS E POEMAS

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Indiana Jones

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

A mais nova aventura de Indiana Jones tem início no ermo sudoeste dos EUA em 1957 -– auge da Guerra Fria –, quando Indy e seu aliado Mac escapam por pouco de uma complicação com perversos agentes soviéticos em uma remota base aérea. Agora, o professor Jones está de volta a seu lar, a Universidade Marshall – apenas para descobrir que as coisas vão de mal a pior. Seu amigo íntimo e reitor da universidade explica que as atividades recentes de Indy fizeram dele objeto de desconfiança, e que o governo está pressionando a instituição para demiti-lo. Ao deixar a cidade, Indiana encontra o rebelde jovem Mutt, que traz, além de rancor, uma proposta para o arqueólogo aventureiro: se ajudá-lo em uma missão com implicações altamente pessoais, Indy pode fazer uma das mais espetaculares descobertas da história – a Caveira de Cristal de Akator, um lendário objeto de fascinação, superstição e medo.


Categoria: Aventura

Lançamento: 22 de Maio de 2008

Direção: Steven SpielbergProduzido por: Frank Marshall.

Elenco: Harrison Ford, Karen Allen, Cate Blanchett, Shia LaBeouf, John Hurt, Ray Winstone, Jim Broadbent, Alan Dale, Andrew Divoff, Pavel Lychnikoff, Joel Stoffer, Igor Jijikine.

terça-feira, 20 de maio de 2008

R.I.P.

Um parágrafo para Wander Taffo


Wander Taffo foi um dos mais influentes guitarristas da música brasileira. Na década de 70, tocou com Ney Matogrosso na banda Secos & Molhados, um lendário grupo de rock pesado cantado em português e respeitado no mundo. Na década de 80, fez sucesso com a banda Rádio Taxi, dona dos hits "Eva" e "Garota Dourada". Taffo era paulistano, o berço dos futuros roqueiros consagrados, como os Mutantes e a banda Tutti-Fruti. Na década de 90, também tocou com Cássia Eller e Marina Lima. Além de figura importante dos palcos e estúdios de gravação, Taffo foi um dedicado professor. Em 1997, criou o núcleo que daria origem ao EM&T (Escola de Música e de Tecnologia), uma das melhores escolas de música popular do Brasil. Seu legado é ter harmonizado a vida de astro com a de educador. Taffo morreu de infarto agudo do miocárdio no dia 15 de maio passado, aos 53 anos.

Se existe uma entrevista com Deus quando se morre, Wander Taffo devia respondê-la com um solo de guitarra.


No site ROCK ON STAGE tem uma belísisma homenagem a este grande guitarrista.

domingo, 18 de maio de 2008

Desistir ou Persistir?

Sonhar é poder
Saber desistir e ter persistência são características da sabedoria prática de viver. O momento exato para a decisão? Você determina!


Como diria William Shakespeare ´ser ou não ser eis a questão´. Quem em algum momento da vida, não se deparou com uma situação conflitante, onde o impasse entre desistir, adiar ou continuar se fez presente? A dúvida é um privilégio de quem pensa sempre em tentar melhorar.

Imagine que o objeto do seu sonho estivesse no alto de uma colina. Assim que você começa a subir está transformando o sonho em meta. A partir do instante que alcança esta meta, concretiza o sonho.

As metas são ações direcionadas pelo sonho, enquanto este é a tentativa de realizar um desejo que impulsiona o indivíduo a meta.

Sou brasileiro e como muitos já sonhei em ser jogador de futebol. Desisti para continuar a estudar. Achei que interromper meus estudos pelo futebol ou priorizá-lo não seria condizente com a proposta que meus pais me ensinaram: estudar e ter o direito que eles não tiveram, confessa o publicitário Walter Paiva.

Quando a realidade é maior que o sonho e o objeto desejado escapa da vida que a pessoa pretende, a conduzindo por um caminho oposto ao vislumbrado é o momento de desistir. Fugir dos próprios valores desintegra a personalidade e conseqüentemente a essência humana. Se todas as ações possíveis foram realizadas, resta apenas a possibilidade de abdicar.

As grandes dúvidas e desistências estão relacionadas ao casamento, separações, trabalho, demissão, gravidez, bem como a sua interrupção. Insistir em uma situação requer certa dose de confiança, caso contrário o frustrante é persistir.

Os valores e os princípios são a bússola norteadora para fazer escolhas criteriosas e de bom senso, de acordo com o caráter de cada um.

Não existe pílula motivacional, a vontade precisa ser dosada e controlada. Se houver a necessidade de abrir mão dos próprios valores por um sonho é melhor repensar. Caso a pessoa se depare com dificuldades geradoras da dúvida, o ideal é adiar. O importante são as escolhas feitas com consciência e convergentes a vontade própria.

Desistir deveria ser fruto de reflexão racional, pois adiar por adiar é transformar um sonho em pesadelo. As pessoas tendem a confundir obstáculos com o momento da desistência. Os obstáculos são pedras que surgem no caminho para poder ser edificado algo ainda maior. Já a frustração é quando você olha as pedras como se fossem o próprio caminho, explica a autora e consultora em comunicação Renata Di Nizo.

Sempre desejei ser bailarina profissional, mas desisti porque apesar de ser a melhor da academia que freqüentava era a mais gordinha. Prestei duas vezes o exame no Teatro Municipal para fazer a escola de bailado e fui reprovada. Emagreci, mas o teatro só recrutava meninas de 7 a 15 anos e já estava na idade limite, conta a designer editorial Bianca Gonçalves.

Para Dinizzo não basta ter o sonho. Tem que transformá-lo em um querer para ser educado devido às dificuldades do meio externo e de auto-sabotagem. A renúncia pelo afastamento de um querer mais profundo é aceitável, mas abdicar de algo por não conseguir constância naquilo que se propõe implica em necessidade de fortalecimento da própria vontade.

O psiquiatra Carlos Briganti afirma que suportar a frustração, além de privilegiar a experiência, demarca limites reais de capacitação. Recuar nem sempre é covarde, muitas vezes é coragem.

A máxima do autor Rubem Alves dizia ´A inteligência precisa ser mobilizada e esta mobilização só acontece por meio dos sonhos´. No entanto, eles precisam se tornar realidade. Grande parte das pessoas tem inspiração, mas lhes falta transpiração, ou seja, foco e paixão no processo criativo.

Segundo especialistas, o perfil focado, auto motivado, apaixonado pelo que faz, observador, incansável na busca para se relacionar melhor, criativo, desenvolvimentista de um dom diplomático, são características de um humano evoluído e propenso ao sucesso.

O importante é a pessoa questionar o tempo todo a sua verdadeira vocação, sabendo que objetivos mudam à medida que o ser humano se transforma. A cada nova fase, as pessoas carregam consigo todas as informações que aprenderam e as convertem em sabedoria de viver e este é o verdadeiro sentido da maturação, finaliza Di Nizo.

Extraído de: YAHOO

sábado, 17 de maio de 2008

Conheça o perfume que combina com sua personalidade

A escolha da fragância deve considerar
a personalidade de cada pessoa

Você é única, assim como seu cheiro. Então, nada de comprar a fragrância que está na moda. O ideal é encontrar aquela que mais combina com seu estilo. Traçamos diferentes perfis femininos e deciframos qual é o tipo certo para cada uma.

Femme Fatale
Perfume oriental: exótico e misterioso
As principais notas são pimenta, mirra, incenso, flores raras, além de especiarias orientais mais adocicadas, como canela, cravo e noz moscada.
Essa combinação faz com que passe a sensação de calor. "São aromas que te abraçam e envolvem", define a psicóloga e a aromatóloga Samia Maluf (SP). Por serem marcantes, essas fragrâncias devem ser usadas com moderação. Use em eventos noturnos ou ocasiões em que seja importante se destacar. Usar durante o dia, no trabalho, por exemplo, pode chamar a atenção além do desejado.

Casual Girl
Perfume cítrico: Frescor e limpeza
As notas principais são de frutas cítricas, como bergamota, tangerina, limão e grapefruit, o que os torna refrescantes e leves. Passam a sensação de "banho tomado" e, assim, fazem com que a mulher se faça presente sem chamar muito a atenção.

Romântica
Perfume floral-frutal: Alegria e frescor
"São fragrâncias alegres e divertidas que combinam com pessoas de bom-humor", explica a consultora em perfumaria Samaritana Moraes, da RR Perfumes (SP). As notas principais misturam frutas tropicais ou exóticas, como cassis, morango, manga, abacaxi, lichia, maracujá ou pêssego, com flores diversas, como rosa, lírio, frésia, muguet, jasmim ou flor de laranjeira. Eles são refrescantes e confortáveis.


Dicas para a aplicação de perfumes

Dizem os apaixonados em potencial que o perfume deve ser aplicado naqueles lugares onde a mulher quer ser beijada. Mas o melhor mesmo é escolher onde a circulação de sangue é mais intensa e onde transpiramos levemente, como nuca, lateral do pescoço, entre os seios, atrás dos joelhos, dobra dos cotovelos e pulso. Mas, é claro, escolha apenas um ou dois lugares.

Se você é fã de rabo de cavalo, a nuca é uma ótima opção, pois quando o cabelo passa, ativa a fragrância. Caso você vá a um jantar, aplique na altura dos quadris (mas cuidado com os corantes para não manchar a roupa), pois essa região fica na altura de quem está sentado e as pessoas poderão sentir quando você passar. Na barra da saia também provoca um bom efeito, pois seu movimento faz com que o perfume evapore suavemente.

Exageros nunca não bons e, em se tratando de perfume, o resultado pode ser enjoativo. A melhor maneira de evitar isso é aplicar a pelo menos 30 cm de distância da pele com a pele bem seca. Geralmente, duas borrifadas são mais do que suficiente.

Extraído de: TERRA

sexta-feira, 16 de maio de 2008

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Palco da Vida

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer "eu te amo". É ter humildade da receptividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.
Pedras no caminho? Guardo todas... Um dia vou construir um castelo!

(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Lomografia

Fotografia à moda antiga


O principio da “lomografia” consiste em captar imagens com câmeras analógicas, de baixa tecnologia, chamadas de câmeras lomo.

A lomografia (tanto o nome quanto o conceito) nasceu oficialmente na Áustria em 1991, por iniciativa de dois jovens estudantes que haviam acabado de passar férias em Praga, a capital da República Tcheca. Lá, compraram por US$ 8 uma câmera de segunda mão Lomo LC-A. A Lomo é uma linha de máquinas fotográficas que surgiu na então União Soviética durante os anos 80. Baratas e populares, pretendiam estimular cada cidadão a fotografar seu dia-a-dia sob o socialismo. Mas o baixo custo tinha também um preço: as imagens feitas pela câmera exibem cores inexatas e cenas que não raro aparecem fora de foco. O que os dois estudantes fizeram, ao criar a lomografia (ou "a arte de fotografar com uma Lomo"), foi proclamar que tais imprecisões não são necessariamente um defeito.

Aos defeitos nas fotos obtidas com as Lomos foram associadas certas atitudes condizentes com a qualidade das imagens. As lomografias precisavam ser tão espontâneas e descompromissadas como as lentes de plásticos.

Hoje, uma certa Lomographic Society International (LSI) dá o norte da "filosofia Lomo". As máquinas continuam sendo produzidas na Rússia, e o número de usuários cresce a cada minuto. Em setembro, aconteceu em Londres o 7º Congresso Mundial de Lomografia. Todo ano, uma cidade diferente sedia o evento, que convoca lomógrafos do mundo inteiro a participar enviando suas fotos. A capital inglesa recebeu mais de 100 mil fotografias.

Para um lomógrafo, o que menos importa é a qualidade técnica da imagem gerada pela câmera. O mais importante é registrar o mundo ao redor, os pequenos acontecimentos, os objetos do cotidiano - e esperar pela surpresa que a fotografia revelada mostrará. Um real lomógrafo, no entanto, não concede a si mesmo a plena liberdade no ato de fotografar. Existem dez regras disseminadas pela "tribo" que separam uma autêntica lomografia da foto "errada":
1 - Nunca deixe de levar sua Lomo para qualquer lugar.
2 - Use a câmera a qualquer hora - de dia ou à noite.
3 - Lomografia não é exceção em sua vida. É parte dela.
4 - Faça as fotos sem imaginar as conseqüências.
5 - Aproxime-se dos objetos o mais perto possível.
6 - Não pense enquanto fotografa.
7 - Seja rápido.
8 - Você não precisa saber de antemão o que foi capturado pelo filme.
9 - Nem depois você precisa saber.
10 - Não se importe com as regras.

Em tempos de fotografia digital, câmeras que se tornam obsoletas em seis meses e preocupação com a máxima qualidade da imagem, o movimento lomgráfico é um sopro de ar fresco dentro da obsessão técnico-capitalista que a fotografia tem se tornado. Há inúmeros grupos e milhares de fotos “lomos” no Flickr e em outros sites espalhados pela web. Apesar do declínio do filme, para esses fotógrafos a mídia continua viva. Aliás, se o filme for vencido melhor ainda, pois produz mais distorções na imagem captada. Outro expediente freqüente é o processo cruzado, em que filmes de slide são revelados em processo C-41, o normal dos laboratórios, o que altera as cores.

O grande lance da lomografia é ser uma linguagem definida e com consistência entre a forma, o conteúdo e a abordagem. A informalidade, a espontaneidade e o descompromisso estão presentes nas câmeras de brinquedo e nos filmes vencidos, na escolha quase aleatória do conteúdo e na abordagem do fotografar por fotografar. Hoje, com o sistema digital, tudo poderia ser fotografado, mas é difícil que as pessoas se libertem do que é, em tese, fotografável. A lomografia consegue, com desprendimento, olhar e reconstruir o cotidiano sem a pretensão de reproduzir uma realidade.

Nenhuma fotografia é uma cópia, é sempre uma ilusão, uma construção com características particulares. No entanto, a fotografia convencional busca se parecer com uma cópia. A maior parte dos avanços tecnológicos e técnicas fotográficas é voltada a criar uma ilusão o mais realista possível. A lomografia não parte desse pressuposto, uma vez que entende que qualquer cópia é naturalmente artificial. A partir dessa aceitação, ela se vê livre para aproveitar as características de um sistema que só é “defeituoso” quando se parte do paradigma da cópia.

É por isso que não faz sentido, por exemplo, dar a uma fotografia digital, através de um programa de edição de imagens, uma cara de lomografia. Seria o mesmo que usar um filtro que dê a uma foto um aspecto de pintura. Seria artificial, pois a pintura se constitui no método, e não apenas no aspecto final. Da mesma forma, para fazer lomografia, é preciso adotar a sua proposta desde o início, e não apenas tentar copiar um aspecto do resultado. Felizmente, para quem tem disposição, a coisa é muito fácil. As câmeras são baratíssimas (além das Lomos, há as Holgas e Dianas), os filmes podem estar vencidos e fotografa-se aquilo que bem entender. O difícil e saber o que fazer com tanta liberdade nas mãos.

Rock e a fotografia

Convertidos em lomógrafos, os roqueiros do White Stripes serviram de inspiração e cederam seus nomes para novos modelos de câmeras Lomo, pintados com as cores características da dupla, o vermelho e o preto.

Atualmente, existem até programas de computador para recriar o "efeito Lomo" em fotos digitais. Mas isso não é mais lomografia. Os roqueiros do White Stripes considerariam apenas uma trapaça.

A Terapia do Filósofo

O filósofo suíço Alain de Botton contou que, quando está se sentindo meio depressivo, desanimado ou angustiado, costuma ir até o aeroporto de Heathrow (Londres). Não pra viajar, mas pra ver os aviões decolando e aterrissando e as pessoas chegando ou partindo. Segundo o filósofo, essa movimentação lembra a ele que a vida é feita de mudanças, de deslocamentos, de novas possibilidades. Existem sempre outros lugares, outros destinos, novas histórias pra se viver, novos cenários pra se recomeçar. Nem sempre no sentido literal, geográfico.

O que o ir-e-vir de aviões e passageiros ilustra é a possibilidade da mudança. Muitas vezes nos acomodamos, estacionamos na tristeza, puxamos o freio de mão na infelicidade. A acomodação no sofrimento é uma morte lenta, homeopática. Às vezes é o emprego que detestamos, ou a cidade onde moramos, mas que nunca sentimos como nossa cidade. Outras vezes é o casamento que já acabou ou o namoro que nada acrescenta. Não importa a razão, o fato é que costumamos aceitar como se fossem inevitáveis coisas que dá perfeitamente pra mudar. Temos medo do fim e da ruptura, medo do novo e do desconhecido. Ou, pior ainda, não acreditamos que exista a possibilidade do novo.

Ficamos engessados nos velhos padrões, nas velhas crenças, nos velhos estilos de vida que não nos realizam e aí paramos de sonhar.

Passar uma hora num aeroporto qualquer pode sacudir nossa inércia, corrigir nossa miopia, lembrar que a vida existe em movimento e, a cada movimento, pode mudar e nos mudar. A tristeza profunda de hoje pode não existir amanhã. O amor que hoje dói tanto pode parar de doer. A solidão pode deixar de existir. As perdas podem cicatrizar. Mas, pra isso, temos que deixar a vida decolar. Temos que estar com o passaporte em dia, prontos pra embarcar.

Experimente a terapia do filósofo: passe algumas horas no aeroporto mais próximo. Tome um cafezinho, compre uma revista, ande pelos corredores sem pressa, contemple sem pudor quem está embarcando ou chegando, imagine quantas histórias aquelas pessoas carregam, veja as malas que foram e estão de volta, a bagagem que se prepara pra ir sem saber quando vai voltar. E não deixe de observar os aviões. Quem diz que é brega ficar olhando avião subir e descer não sabe de nada. A cada decolagem, a gente se lembra de que há um mundo vastíssimo nos esperando. A cada pouso, ficamos confortados de saber que, se for preciso, dá pra voltar. Em matéria de terapia, não consigo pensar em nada mais breve e mais barato. E, se dá certo com o filósofo, por que não daria com a gente? Tente, experimente e boa viagem!

Extraído de: NÓS MULHERES

terça-feira, 13 de maio de 2008

Como Ensinar a Solidariedade

Será possível ensinar a beleza de uma sonata de Mozart a um surdo? Há coisas que não podem ser ensinadas. Elas estão além das palavras.
Por Rubem Alves

"Se te perguntarem quem era essa que às areias e aos gelos quis ensinar a primavera...”: é assim que Cecília Meireles inicia um de seus poemas. Ensinar primavera às areias e aos gelos é coisa difícil. Gelos e areias nada sabem sobre primaveras... Pois eu desejaria saber ensinar a solidariedade a quem nada sabe sobre ela. O mundo seria melhor. Mas como ensiná-la? Será possível ensinar a beleza de uma sonata de Mozart a um surdo? E poderei ensinar a beleza das telas de Monet a um cego? De que pedagogia irei me valer? Há coisas que não podem ser ensinadas, coisas que estão além das palavras. Cientistas, filósofos e professores são aqueles que se dedicam a ensinar as coisas que podem ser ensinadas por meio das palavras. Sobre a solidariedade muitas coisas podem ser ditas. É possível desenvolver uma psicologia da solidariedade, ou uma sociologia da solidariedade, ou uma ética da solidariedade... Mas os saberes científicos e filosóficos sobre a solidariedade não ensinam a solidariedade, da mesma forma como as críticas da música e da pintura não ensinam a beleza da música e da pintura. A solidariedade, como a beleza, é inefável – está além das palavras. Palavras que se ensinam são gaiolas para pássaros engaioláveis. Mas a solidariedade é um pássaro que não pode ser engaiolado. Não pode ser dita. A solidariedade pertence à classe de pássaros que só existem em vôo. Engaiolados, eles morrem.

Walt Whitman tinha consciência disso quando disse: “Sermões e lógicas jamais convencem. O peso da noite cala bem mais fundo em minha alma...” E Fernando Pessoa sabia que aquilo que o poeta quer comunicar não se encontra nas palavras que ele diz: ela aparece nos espaços vazios que se abrem entre elas, as palavras. Nesse espaço vazio se ouve uma música. Mas essa música – de onde vem ela se não foi o poeta que a tocou?

O que pode ser ensinado são as coisas que moram no mundo de fora: astronomia, física, química, gramática, anatomia, números, letras, palavras. Mas há coisas que não estão do lado de fora, coisas que moram dentro do corpo. Estão enterradas na carne, como se fossem sementes à espera...

Sim, sim! Imagine isto: o corpo como um grande canteiro! Nele se encontram, adormecidas, em estado de latência, as mais variadas sementes. Elas poderão acordar, como a Bela Adormecida acordou com um beijo. Mas poderão também não brotar. Tudo depende... As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra. E também pode acontecer que, depois de brotar, elas sejam arrancadas... De fato, muitas plantas precisam ser arrancadas, antes que cresçam: as pragas, tiriricas, picões... Uma dessas sementes é a “solidariedade”. A solidariedade não é uma entidade do mundo de fora, ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, contratos. Se ela fosse uma entidade do mundo de fora poderia ser ensinada e produzida. A solidariedade é uma entidade do mundo interior. Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem se produz. A solidariedade tem de brotar e crescer como uma semente...

Veja o ipê florido! Nasceu de uma semente. Depois de crescer não será necessária nenhuma técnica, nenhum estímulo, nenhum truque para que ele floresça. Angelus Silesius, místico antigo, tem um verso que diz: “A rosa não tem porquês. Ela floresce porque floresce”. O ipê floresce porque floresce. Seu florescer é um simples transbordar natural da sua verdade. A solidariedade é como o ipê: nasce e floresce. Mas não em decorrência de mandamentos éticos ou religiosos. Não se pode ordenar: “Seja solidário!” A solidariedade acontece como um simples transbordamento: as fontes transbordam... Já disse que solidariedade é um sentimento. É esse o sentimento que nos torna humanos. A solidariedade me faz sentir sentimentos que não são meus, que são de um outro. Acontece assim: eu vejo uma criança vendendo balas num semáforo. Ela me pede que eu compre um pacotinho das suas balas. Eu e a criança – dois corpos separados e distintos. Mas, ao olhar para ela, estremeço: algo em mim me faz imaginar aquilo que ela está sentindo. E então, por uma magia inexplicável, esse sentimento imaginado se aloja junto dos meus próprios sentimentos. Na verdade, desaloja meus sentimentos, pois eu vinha, no meu carro, com sentimentos leves e alegres, e agora esse novo sentimento se coloca no lugar deles. O que sinto não são meus sentimentos. Foram-se a leveza e a alegria que me faziam cantar. Agora, são os sentimentos daquele menino que estão dentro de mim. Meu corpo sofre uma transformação: ele não é mais limitado pela pele que o cobre. Expande-se. Ele está agora ligado a um outro corpo que passa a ser parte dele mesmo. Isso não acontece nem por decisão racional, nem por convicção religiosa, nem por um mandamento ético. É o jeito natural de ser do meu próprio corpo, movido pela solidariedade. Pela magia do sentimento de solidariedade meu corpo passa a ser morada do outro. É assim que acontece a bondade.

O menino me olhou com olhos suplicantes.
E, de repente, eu era um menino que olhava com olhos suplicantes...


Rubem Alves nasceu no interior de Minas Gerais e é escritor, pedagogo, teólogo e psicanalista.
Site: RUBENS ALVES

Extraído de: BONS FLUIDOS

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Enfermeira

12 de maio
Dia da Enfermeira e do Enfermeiro

"A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!"
(Florence Nightingale)


domingo, 11 de maio de 2008

MÃE

A origem do Dia das Mães
A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".
Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.
"Não criei o dia das mães para ter lucro"
O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.
Cravos: símbolo da maternidade
Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.
No Brasil
O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

sábado, 10 de maio de 2008

As rosas voltam ao jardim

Um simples botão pode transformar a raiva em perdão, um dia sem graça em data especial e até o coração entristecido encontra o que vale a pena cultivar. Tanto poder vem de longe, evoca poesia e talvez seja a inspiração que falta em sua vida.

Quer acertar o compasso sempre, conviva com as rosas. Têm cores infinitas e podem mandar mensagens. A vermelha, flor dos enamorados, fala de paixão. A branca traz a idéia de pureza, e a amarela, de felicidade. A cor-de-rosa demonstra carinho e, por isso, é indicada para presentear um amigo, e as de tom champanhe simbolizam admiração. Dessa maneira, é possível compor buquês de acordo com a ocasião. Se preferir, cultive-as em jardins ou em vasos e espalhe, além de perfume, seus recados delicados. No Brasil, a flor chegou por volta de 1560, trazida pelo padre Anchieta, que plantou as primeiras roseiras no Pátio do Colégio, da antiga São Paulo de Piratininga. E se há alguém que, depois disso, fez muito para que tivéssemos esse germinar de cores sem fim é o biólogo Arno Boettcher, dono da Roselândia, que fica no município paulista de Cotia. Lá, ele criou um paraíso para os apreciadores da espécie. Filho de imigrantes alemães floricultores, Arno foi cursar rodologia – parte da botânica dedicada ao estudo das rosas – na Faculdade de Hamburgo, na Alemanha. Quando regressou, em 1966, trazia na bagagem muito conhecimento sobre o assunto e uma variedade de mudas, que gerou as cerca de 450 espécies espalhadas lindamente pelos jardins de exposição. “Lidar com rosas é gratificante. Elas são amigáveis e nos presenteiam com sua beleza singela”, diz ele, responsável por 25 novas variedades. As mudas que saem de lá são reconhecidas pela qualidade, segundo os amantes de rosas.


DEPOIMENTO DE UM AMIGO DAS ROSAS
Quem escreve é o cantor e compositor Tom Zé “Eu não estava muito bem de saúde e lidar com a mãe-terra me pareceu um bom recurso terapêutico. Propus então ao pessoal do prédio onde morava trabalhar no jardim da entrada. Já havia uns pés de roseira brava e um vizinho italiano me ensinou a cultivar outras espécies. Era bom plantar e conversar com meu compadre, o seu Rômulo. As crianças do prédio também davam palpite, ajudavam a tomar conta, convertiam-se em protetoras. Com o tempo o jardim cresceu e as flores continuam indo muito bem. Hoje, temos as rosas Paulo Freire, brancas, mudas presenteadas pelo ex-motorista do educador, as rosas bailarinas, que foram doadas por duas irmãs dançarinas, a Sofia e a Eliana, entre tantas outras trazidas do Ceasa e de jardins de amigos. Combinar horários de regar, época de podar, fazer tempo para cuidar delas, quando não é possível, eu sinto falta. Dá trabalho, mas é um benefício para a epiderme e os pulmões do planeta. E para os meus também.”

Como cultivar
PREPARAÇÃO A maneira mais segura de ver suas rosas em flor é comprar mudas de revendedores idôneos. Retire-as do invólucro protetor e mergulhe-as em água entre dois e três minutos.
PLANTIO O ponto de enxerto, localizado na junção da raiz com o galho principal, deve ficar 1 cm fora da terra. Abra covas com 30 cm de profundidade, coloque a muda e preencha com terra aos poucos, calcando-a levemente em torno da raiz.
REGA Em meses muito quentes, proteja as mudas recém-plantadas por 15 ou 20 dias com ramos de folhagem. Regue-as diariamente, de preferência à tarde, até o início da floração. Depois, apenas nos dias quentes. Roseira não gosta muito de água.
MANUTENÇÃO Mantenha a terra sempre fofa e livre de mato. Importante: logo que surgirem as primeiras folhas, faça aplicações de fungicida, pois nesse período o ataque das doenças é mais severo. Para incentivar a maior floração, mantenha a roseira sempre limpa de flores murchas. É bom podar uma vez por ano, de preferência nos meses de junho, julho e agosto.

Sol. É disso que as rosas gostam. Plantá-las num local que se mantenha ensolarado de seis a sete horas por dia é garantia de belas e perfumadas floradas. Os tipos são os mais variados, afinal há mais de 36 mil espécies.


segunda-feira, 5 de maio de 2008

Pressa

URGÊNCIA EMOCIONAL
Martha Medeiros



Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira e sai em disparada, se não há mais tempo para paradas estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que os amores sejam igualmente resolvidos num átimo de segundo.

Temos pressa para ouvir "eu te amo", não vemos a hora de que fiquem estabelecidas as regras de convívio: somos namorados, ficantes, casados, amantes? Urgência emocional. Uma cilada.

Associamos diversas palavras ao amor: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação. Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: paciência. Amor sem paciência não vinga.

Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada. É preciso degustar cada pedacinho do amor, no que ele tem de amargo e de saboroso, no que ele tem de duro e de macio, os nervos do amor, as gorduras do amor, as proteínas do amor, as propriedades todas que ele tem. É uma refeição que pode durar uma vida. Mas não. Temos urgência. Queremos a resposta do e-mail ainda hoje, queremos que o telefone toque sem parar, queremos que ele se apaixone assim que souber nosso nome, queremos que ela se renda logo após o primeiro beijo, e não toleraremos recusas, e não respeitaremos dúvidas, e não abriremos espaço na agenda para esperar.

Temos todo o tempo do mundo, dizem uns; não há tempo a perder, dizem outros: a gente fica perdido no meio deste fogo cruzado, atingidos por informações várias, vivências diversas, parece que todos sabem mais do que nós, pobres de nós, que só queremos uma coisa nessa vida, ser amados. Podemos esperar por todo o resto: emprego, dinheiro, sucesso, mas não passaremos mais um dia sequer sozinhos, te adoro, dizemos sei lá pra quem, para quem tiver ouvidos e souber responder "eu também", que a gente está mais a fim de acreditar do que de selecionar.

Urgência emocional. Pronto-socorro do amor. Atiramos para todos os lados e somos baleados por qualquer um. E o coração leva um monte de pontos por causa dessa tragédia: PRESSA.

Restaurante Japonês - parte II

Chás Japoneses

Vindo da China, o chá chegou ao Japão pelas mãos dos monges budistas há 1200 anos. O oolong era o tipo mais comum e suas folhas eram ligeiramente fermentadas, caracterizando-o como um meio termo entre o chá verde e o chá preto.

No início, a bebida tornou-se objeto de luxo dos senhores abastados. Mesmo assim, quase foi extinta por conta do pouco entusiasmo dos japoneses por seu gosto e aroma. Com o passar dos anos, os japoneses passaram a produzir seu próprio chá. A etapa da fermentação foi eliminada do processo e as folhas, logo depois de colhidas, passavam pelo vapor apenas por alguns segundos. O resultado foi um chá de cor verde intensa e de sabor e aroma frescos.

Para os japoneses, o chá é muito mais do que um digestivo poderoso. A bebida é tão importante que o dia 1º de maio está reservado para comemorar a primeira colheita do sincha, o broto de folhas tenras dos quais se faz o chá verde japonês mais consumido no país. As folhas novas e tenras resultam numa infusão de sabor suave e meio adocicada.

Além disso, a tradicional cerimônia do chá - chamada de sadô ou chanoyu, no Japão - tornou-se uma espécie de filosofia de vida para os nipônicos. O clima de ostentação que caracterizava o ritual foi aos poucos se transformando e, a partir do século 16, a cerimônia do chá assume um perfil simples e intimista.

Consome-se, no Japão, mais de 8 tipos diferentes de chás. Mas a preferência fica mesmo com o chá verde. Quente ou fria, a bebida nunca leva açúcar. Confira os mais famosos.

Sencha: representa 85% da produção de chá do país. De gosto firme e equilibrado, cor verde e bem perfumado, é ideal para ser bebido como o cafezinho no Brasil, a qualquer hora.

Bancha: é o chá mais popular e que, antigamente, era feito com folhas menos tenras. Atualmente, tem chamado a atenção porque sua maior exposição ao sol produz uma bebida muito mais rica em catechin - polifenol que tem a virtude de reduzir o colesterol "ruim".


Genmaicha: misturando um pouco de grãos integrais de arroz torrado (o gemmai, semelhante a uma pipoca) ao bancha, o chá verde ganha gosto e cheiro agradáveis de cereal grelhado.


Houjicha: também conhecido como kukicha, é extraído dos talos e dos caules, que são torrados e dão à bebida um gosto fresco e saboroso. Consumido por idosos e crianças pelo fato de não conter cafeína, é gostoso também gelado para matar a sede no verão.

Gyokuro: é chamado de "jóia do chá verde" porque além de seus brotos serem colhidos à mão, eles são cobertos com uma rede escura que protege as folhas da superexposição ao sol. O resultado é um chá extremamente aromático, menos amargo e com traços adocicados. Como exige muita mão-de-obra, ele custa bem mais caro que os outros e é consumido apenas em ocasiões especiais.

Matcha: o famoso chá de cerimônia é diferente dos demais. Não se faz uma infusão, mas utiliza-se toda a folha. As folhas do sencha são passadas por um moedor de pedra, transformando-se em um finíssimo pó verde, o matcha. Extremante amargo, ele é misturado à água quente e imediatamente batido (com um batedor de bambu), resultando em um chá espumoso e cremoso.

Extraído de:

domingo, 4 de maio de 2008

Maquiagem

Maquiagem para usuárias de óculos
Toques que harmonizam acessório e maquiagem.


Não é verdade que a maquiagem não se sobressai nas usuárias de óculos. Para quem pensa assim, é ideal seguir algumas dicas para pôr fim ao estigma. A primeira delas é manter o equilíbrio de cores, principalmente. De nada adianta usar um batom muito forte, achando que este artifício vai disfarçar o acessório.

Na hora da escolha dos óculos, a sugestão é usar uma maquiagem habitual para ver o efeito. Não vale esquecer que as sobrancelhas devem ficar aparentes, pois colaboram com a expressividade do rosto. Para quem é míope, cujas lentes corretivas deixam os olhos menores, a sugestão é utilizar maquiagens que revertam o quadro. Delineadores são essenciais neste caso.

Para quem é hipermétrope, as lentes corretivas aumentam os olhos, deformando-os. A preferência por tons pastéis e por uma maquiagem discreta e ligeira, capaz de atenuar a importância da íris, é uma boa escolha. Esfumaçar bem e não exagerar nos traços também são ações que garantem bons resultados.

Matéria extraída de:
http://bemstar.globo.com/index.php?modulo=corpobelo&tipo_estetica=1&tipo=3&url_id=3419

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Felicidade


A arte de ser feliz
(Cecília Meireles)

Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual,
para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem,
para as gotas de água que caíam de seus dedos magros
e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Às vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente,
que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Restaurante Japonês - parte I

Etiqueta para comer
Dicas para não cometer gafes em um restaurante japonês

Tomar missoshiru (sopa de soja) com colher, gesticular com o hashi na mão, arrastar a molheira, espetar o hashi no arroz ou cortar os sushis. Comer com talheres e entrar de sapatos no tatame, então, nem pensar. Essas pequenas gafes passam despercebidas numa refeição informal. Mas, se a regra for respeitar a tradição japonesa, os deslizes chamam a atenção. No Brasil, essas formalidades se tornaram flexíveis. De um jeito ou de outro, é sempre bom conhecer os costumes de cada povo e fazer bonito na mesa, seja ela qual for. Seguem algumas dicas para manter a etiqueta.


A toalhinha
A toalha que o garçom traz logo que os clientes chegam à mesa é para limpar as mãos. Depois de esterilizá-las, é só colocar a toalhinha sobre a mesa novamente, sem dobrá-la. No Japão, é hábito limpar a testa ou o rosto inteiro. No inverno, as toalhas devem ser quentes e, no verão, geladas.


Ordem dos pratos
Numa refeição simples não existe uma ordem exata para degustar os alimentos. Geralmente os japoneses começam pelo sashimi ou uma entrada leve. Também não há nada de errado em pedir uma entrada quente antes de comer sashimi. Durante a refeição é bom pedir chá verde e "preparar" o paladar para os pratos seguintes.


Molhos
Os molhos só devem ser utilizados com peixe cru. No caso do sushi, deve-se mergulhar a parte do peixe no shoyu e não o arroz. Os bons restaurantes fazem os sushis no tamanho certo para ser degustado de uma só vez. Lembre de colocar pouco molho no pratinho. O wasabi ou raiz-forte não pode ser diluído no shoyu e deve ser colocado nos peixes com a ponta do hashi.



"Palitinhos"
Nada de gesticular com o hashi nas mãos ou apontá-lo desordenadamente para qualquer direção. Chupar as pontinhas, então, nem pensar. O jeito certo de pegar o hashi é sempre do meio para cima e nunca na parte inferior porque dificulta o movimento. Além disso, não vale espetá-lo na vertical; na tradição japonesa, esse movimento pertence a um ritual religioso feito em referência aos mortos. O hashi sempre deve ser apoiado no suporte próprio, de preferência, paralelo ao corpo. Se não houver apoiador, faça um dobrando a própria embalagem do hashi. Podem-se comer sushis e espetinhos com as mãos. Os temakis são degustados com a mão. Recomenda-se dobrar a pontinha do cone e colocar pouco shoyu.


Sopas e caldos
Para tomar o missoshiro, leva-se o recipiente com as duas mãos até a boca. No caso do lamen e do udon, que possuem ingredientes sólidos como o tofu, os hashis podem auxiliar. Para os japoneses, o barulho na hora de degustar sopas e caldos não significa falta de educação. O caldo do lamen pode ser tomado com uma colher própria, que já vem junto com o prato.


Saquê
O massu é aquele recipiente quadrado usado para o saquê frio e o tyoko é o recipiente para o saquê quente. Eles devem ser segurados com as duas mãos. Se o massu vier acompanhado por um pires, erga somente o massu.

Comer peixe
Geralmente os peixes têm a posta bem solta. É só escavá-la com o hashi. Nunca segure um hashi em cada mão, é desnecessário.


Extraído de:
http://www.guiadasemana.com.br/Yahoo/centenarioimigracaojaponesa/culinaria.htm

Alimentos Nutracêuticos

Alguns cuidados para ter uma pele bonita


Quem é que nunca se preocupou em ter uma pele bonita? Inúmeros cremes e tratamentos? nem sempre eficientes? já fazem parte do dia-a-dia de quem deseja garantir a limpeza cutânea. O que poucos sabem é que a solução para esse tipo de tratamento de beleza pode estar mais perto do que se imagina: nos nutracêuticos.
Trata-se de alimentos (como a soja) ou parte deles, compostos por nutrientes que, segundo pesquisas, podem ajudar a tratar problemas de pele. Mais do que isso, seus benefícios se estendem à prevenção e tratamento de diversas doenças, com as cardiorespiratórias.

Ao contrário das loções, os nutracêuticos são ingeridos via oral. De acordo com a dermatologista e diretora técnica da Medcin Instituto de Pele, Flávia Addor, essas substâncias ajudam a suprir os nutrientes perdidos naturalmente no processo de envelhecimento e restabelecer a estrutura da pele, deixando-a mais saudável.

Segundo a dermatologista, a vitamina K, encontrada na couve, combinada com outra substância (o retinol) pode proteger a produção de colágeno da pele, cuja falta demonstra o envelhecimento da pele.

Já os peptídeos, encontrados no leite, estão sendo estudados para evitar o dano solar, o maior responsável pela formação de rugas. Ela ressalta ainda que o silício, composto do arroz integral, "pode ser o fundamental para redução de linhas e melhora das propriedades físicas da pele, bem como no fortalecimento dos fios capilares e unhas".

Espinhas, rugas, manchas, estrias. Tudo isso pode estar com os dias contatos. "Mas é preciso ter paciência, pois são ainda poucas as pesquisas e os resultados podem demorar a aparecer", ressalta Flávia.

Enquanto isso, é bom ficar atento aos "nutrientes da beleza" e não deixar que os alimentos compostos por essas substâncias faltem em suas refeições. A dica é fazer uma dieta balanceada com predomínio de alimentos orgânicos, garantindo uma alimentação saudável e a saúde perfeita.

Confira alguns deles:
- Soja
- Frutas cítricas
- Vegetais de folha verde-escuro, como couve
- Grãos integrais
- Peixe e ostra
- Leite
- Legumes em geral

EXTRAÍDO DE: