"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.
(Dalai Lama)


sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011 !


CORTAR O TEMPO
(Carlos Drummond de Andrade)

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente. 


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL !!!



Obrigado Deus É Natal (by Queen)

Oh meu amor nós tivemos nossa parte de lágrimas
Oh meu amigo tivemos nossas esperanças e medos
Oh meus amigos esse foi um longo e árduo ano
Mas agora é Natal
Sim é Natal
Obrigado Deus, é Natal
 
A lua e as estrelas parecem terrivelmente frias e brilhantes
Vamos esperar a neve fazer esse Natal verdadeiro
Meu amigo o mundo fará parte dessa noite especial
Porque é Natal
Sim é Natal
Obrigado Deus, é Natal
Por uma noite
 
Obrigado Deus, é Natal, sim
Obrigado Deus, é Natal
Obrigado Deus, é Natal
Pode ser Natal?
Deixe ser Natal
Todos os dias
 
Oh meu amor nós temos vivido em dias confusos
Oh meu amigo nós temos os caminhos mais estranhos
Todos os meus amigos nesse dia dos dias
Obrigado Deus, é Natal
Sim, é Natal
Obrigado Deus, é Natal
Por um dia
 
Obrigado Deus, é Natal
Sim, é Natal
Obrigado Deus, é Natal
Oooh sim
Obrigado Deus, é Natal
Sim sim sim sim, é Natal
Obrigado Deus, é Natal
Por um dia
 
Um Natal muito feliz para todos vocês!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O sorriso de Deus


Para iluminar o seu dia, para trazer alegria, 
para deixar sua vida ainda mais bonita!
O sol simboliza a força que você representa, 
a luz que entra pelos seus olhos, 
o calor que emana da sua presença tranqüila...
Um por de sol para você pensar no seu amor, 
na paixão que te move, na noite enluarada 
que não demora, na sensação morna que te devora...
Um por de sol para você lembrar que o amanhã existe.
E mesmo quando a tristeza insiste, nada pode ser triste quando se tem esperanças.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Will You Still Love Me Tomorrow?

Da série "Canções que amo", a grande Carole King cantando a doce Will You Still Love Me Tomorrow. Segue abaixo, a tradução da música.




Você ainda me amará amanhã?

Hoje à noite você é meu completamente.
Você dá o seu amor tão suave.
Hoje à noite a luz do amor está nos teus olhos.
Mas você me amará amanhã?

É apenas um último tesouro
Ou somente um momento de prazer?
Posso acreditar na mágica dos teus suspiros?
Você ainda me amará amanhã?

Hoje à noite, com palavras não ditas
Você diz que eu sou única,
Mas meu coração estará quebrado
Quando a noite encontrar o sol da manhã?

Eu gostaria de saber
Que seu amor é o amor que eu posso ter certeza.
Então diga-me agora.
E eu não perguntarei novamente.
Você ainda me amará amanhã?
Você ainda me amará amanhã?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Clarice Lispector


 

"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la."

"...Respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver."

"Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Pergunte, sem querer a resposta, como estou perguntando. Não se preocupe em "entender". Viver ultrapassa todo o entendimento."

"Gosto dos venenos os mais lentos!
As bebidas as mais fortes!
Dos cafes mais amargos!
E os delirios mais loucos.
Voce pode ate me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
E daí
eu adoro voar!!!"


“Sejam vocês mesmas! Estudem cuidadosamente o que há de positivo ou negativo na sua pessoa e tirem partido disso. A mulher inteligente tira partido até dos pontos negativos. Uma boca demasiadamente rasgada, uns olhos pequenos, um nariz não muito correto podem servir para marcar o seu tipo e torná-lo mais atraente. Desde que seja seu mesmo.” (Helen Palmer)
(Helen Palmer, conselheira de moda, beleza e, principalmente, de sedução, é um dos pseudônimos de Clarice Lispector)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Significados dos enfeites natalinos

Árvore de Natal
Representa a fertilidade e a vida. A tradição européia de enfeitá-la cm fitas, botas e laços, indica fartura e o desejo de colheita de bons frutos durante o próximo ano.

Presentes
Trocar presentes na noite de Natal relembra o ato dos Três Reis Magos. Eles seguiram a estrela guia para dar boas vindas a Jesus, oferecendo mirra, incenso e ouro.
Ceia
Assim como Jesus partilhou o pão e o vinho com seus apóstolos na Última Ceia, o jantar de Natal representa a confraternização, o respeito e o amor ao próximo.

Guirlanda
O enfeito colocado nas portas anuncia a chegada da temporada de festas. Feito originalmente com ramos de pinheiro, o adorno recebe todos os visitantes com votos de boa saúde.

Sinos
O som dos sinos anuncia a chegada de Jesus Cristo. Nos dias festivos, as badaladas indicam respeito ao chamado divino e à oportunidade de comunicação entre os terrenos e o céu.
 
Papai Noel
Inspirado no bispo turco São Nicolau, o religioso era famoso por amparar os mais necessitados e por distribuir moedas e agrados às crianças da região. Reza a lenda que, atualmente, o bom velhinho vive no Polo Norte e conta com suas renas e duendes para distribuir presentes às crianças do mundo todo na noite de 24 de dezembro.

 
Presépio 
O primeiro foi montado por São Francisco de Assis, na Itália (século 13). Com pessoas e animais de verdade e representa o nascimento de Cristo Jesus. O hábito visa o fortalecimento da fé.


Extraído de M de Mulher

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Canção do Mar

Existem canções tão importantes, falam ao meu coração, me deixam alegre e em paz. Vou compartilhar com vocês algumas delas.

A primeira é Canção do Mar, de autoria de Frederico de Brito e Ferrer Trindade. Foi cantada em 1955 por Amália Rodrigues, cantora e fadista portuguesa, falecida em 1999. Esta versão é cantada por Dulce Pontes, uma das cantoras portuguesas mais populares e reconhecidas internacionalmente. Canta canções pop, música tradicional portuguesa (fado e folclore incluído), bem como música clássica. É considerada uma das melhores artistas dentro do panorama musical português e, para muitos, a "sucessora e herdeira de Amália Rodrigues”.

Canção do Mar tornou-se um dos maiores êxitos da canção portuguesa de sempre (paradoxalmente nesta versão da "Canção do Mar" ouvem-se muito bem influências árabes), sendo provavelmente a canção portuguesa mais conhecida fora de Portugal, interpretada até hoje pelo mundo fora por vários artistas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Recomeçar do Zero


Você já quis ter uma borracha especial para apagar algo que fez, que aconteceu, algo que doeu tão fundo ou teve consequências tão graves que você daria tudo para voltar atrás e recomeçar?
Há muitos que dariam tudo na vida para recomeçar do zero, ter uma nova oportunidade para agir diferente, tomar outras decisões, fazer diferentes escolhas. E seu sei que muita gente já recomeçou uma nova vida, já deu uma volta importante que fez co m que os caminhos mudassem de direção e isso sempre é possível.
Mas não é possível recomeçar do zero. Recomeçar do zero não existe! Não existe fingir que não houve um passado e não estar ligado a ele de alguma forma.  Não existe zerar o coração, nem as emoções, mesmo se passássemos nosso tempo voltando os ponteiros do relógio.
A verdade é que se pudéssemos recomeçar do zero, numa amnésia existencial, cometeríamos erros novamente, choraríamos de novo... porque não traríamos conosco essa carga de experiência que carregamos hoje, que às vezes até pesa, mas é nossa e isso não podemos negar, nem renunciar.
E é melhor assim: acreditar que tudo o que fizemos valeu de alguma forma. Erramos? Sim, e daí? Aquilo que reconhecemos como erro não faremos novamente e cada vez que tropeçamos e aprendemos com isso, colocamos algo mais da nossa bagagem da vida.
Lamentar por algo que se teve? Que perda de tempo! As lamentações pelo que não fizemos não acrescentam nada na nossa vida. Precisamos viver de coisas concretas, do que realizamos, do que tivemos, mesmo se as perdemos.
Quem nos julga deveria julgar-se primeiro.
Ninguém é de todo bom e de todo mal. Não existem pessoas melhores que as outras, apenas as que ainda querem aprender e as que já perderam a esperança. Quem não chora por fora, chora por dentro, a diferença é que nesse caso ninguém percebe.
É possível recomeçar a vida, com novas ambições, fazer do velho, o novo e com uma grande vantagem: dessa vez existirão os parâmetros de comparação, as chances serão maiores do tomar decisões acertadas.
Então, acredite: tudo o que você viveu até agora valeu a pena porque é dessa vivência que você tira seu aprendizado. Se você tem 30, 50 ou 80 anos, você pode fazer sua vida diferente ainda, você pode olhar o mundo com olhos novos.
Deus não condena ninguém. São as pessoas mesmas que condenam-se quando cruzam os braços, imobilizam as pernas e colocam uma venda nos olhos.
A vida continua, mesmo se muitos desistem. E ela é muito mais rica para aqueles que abrem os braços ao futuro, dão as mãos ao passado e recomeçam. Essas pessoas jamais sentir-se-ão sozinhas.
Texto extraído da revista Voz Missionária – edição setembro-outubro 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

Aprender sem pressão


Qual a coisa mais difícil que você já teve de aprender: raiz quadrada, andar de bicicleta, nadar, escrever ou esperar a sua vez de falar? Aprender é difícil. Ou, parece difícil. A gente nasce sem noção, nome ou idioma. Gastamos, em média, os primeiros 25 anos da vida para aprender uma profissão. Por outro lado, poucas horas depois do parto, sem aula de comunicação ou semiótica, já aprendemos que o choro é o atalho mais eficiente até o peito da mãe para matar a fome.

Pensando bem, aprender, pelo menos no início da vida, parece fácil. Observe o número de coisas que a gente aprende entre 0 e 3 anos de idade: sugar, andar, falar uma língua, comer sozinho, desenhar, cantar, se defender da mordida dos amiguinhos do jardim da infância… Isso, é claro, para não entrar nos casos, cada vez mais frequentes, de pirralhos que jogam games e escolhem seus vídeos preferidos no YouTube.

Navego por esses pensamentos numa pracinha de São Paulo. Estou impactado pela evolução da performance dos meus filhos menores no balanço. Há mais de ano me aplico com afinco na tarefa de ensiná-los a ganhar impulso no brinquedo sem precisar de eu ficar empurrando. Agora, justamente depois de um período longe da minha supervisão, sou surpreendido pela desenvoltura com que ambos aprenderam a ganhar velocidade, suingue e controle do aparelho com uma facilidade inexistente anteriormente sob meu treinamento. Eles percebem meu ar reflexivo:

– Pai, quer ver como a gente vai alto?, diz Clarice.

– É só esticar as pernas quando vai pra frente. E recolher quando vai para trás. É fácil, emenda Miguel.

– Quem ensinou?, pergunto enciumado.

– O Caio! Diz Miguel com entusiasmo, revelando a gratidão com o amigo da classe.

Fico diante da cena com um sentimento duplo. Feliz por vê-los brincando leves no ziguezague simples.E, confesso, um pouco frustrado com o fato de que, após mais de um ano de tentativas de treiná-los exatamente com a mesma técnica, eles só tenham tido o “clique” do aprendizado com outro professor, o Caio.

Faço um retrospecto de quantas vezes já tentei ensinar alguém a fazer algo que me parecia fácil, usando toda a minha energia, sem sucesso. Olho os dois trapezistas no balanço – Clarice se dá ao luxo de fechar os olhos por um longo tempo para experimentar a sensação de “estar voando”, segundo palavras dela – e imagino como deve ter sido divertida e eficiente a “aula” do professor Caio. Três almas livres, despreocupadas, brincando e aprendendo juntas os segredos da Física e da arte pendular do balanço, sem pressão por resultados, sem a responsabilidade de agradar ou preencher uma expectativa dos pais. Aos poucos, minha frustração foi se transformando num suave contentamento.

O drama de educar os seres humanos vem de longe. Tudo começou há milhares de anos, desde que deixamos de ser macacos, ou em 1770. A frase é do educador alemão Dieter Lenzen, se referindo ao ano da criação da primeira faculdade de Pedagogia da era moderna, em Halle, Alemanha. A palavra pedagogia tem origem no grego: paidós, criança; agogé, condução; direção ou educação de crianças. Naquela tarde na pracinha, eu aprendi uma Pedagogia muito especial: a do aprender brincando.
 
Texto de Marcelo Tas extraído de CRESCER

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

BORADANCÁ!!!!

Vem cá


Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

(Clarice Lispector)


Inspirado em Don't Touch My Moleskine
Picture by Gabrielle Kai Photography

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A honra das mulheres


Começou pouco depois que se conheceram. Um belo dia, sem que nem pra que, ele grunhiu: você não sabe o que diz. Ela tentou se defender, explicar mais uma vez seu argumento que não lhe parecia estúpido. Ele virou as costas e foi se servir de um uísque que não lhe ofereceu. Quer gelo, ela perguntou em voz baixa, já procurando o baldinho e o pegador. O não foi seco. Assunto encerrado.

Tudo deveria ter se encerrado ali. Errou. Dois anos depois, já morava com ele e, quando engravidou, admitiu que ele tinha um gênio difícil, que não queria esse filho e que, furioso, a maltratara quando recebeu a notícia. Como se nada tivesse a ver com isso, como se o Espírito Santo a tivesse visitado à revelia dele.

As brutalidades cotidianas vai engolindo. Quer salvar a relação, é o pai do seu filho. E vai enveredando pelo caminho do calvário, bem conhecido das mulheres que hipotecaram suas vidas a homens violentos. São elas que viram estatística.

A violência nem sempre é um gesto físico, como uma bofetada. Começa antes, é feita não só de atos, mas de sua ausência, de desacatos, um decreto de inexistência que anula sua vida, um olhar que lhe atravessa como se você não estivesse ali. É a presença incontornável de um poder inconteste que, mesmo sem origem ou justificativa, se exprime nos menores gestos. Espécie de direito divino ao que há de melhor em casa, a melhor cadeira, o controle da TV, o espaço na cama, apagar ou acender a luz, o direito de falar e ser ouvido, ao silencio quando trabalha, ao barulho quando recebe os amigos. Direito de ser respeitado em seus desejos. Tudo que a ela é negado.

Quando a violência sanguinária contra as mulheres explode como agora, frequente e macabra, abalando todo o País, essa pergunta volta, insistente. Em que momento começaram os gestos que a anunciavam? Quando acende o sinal de alerta que pressagia o perigo? Cada mulher deveria rever em sua vida as grosserias que deixou passar. Porque aceitou que fosse assim.

Quem tem filhas lembre-se de preveni-las de que ainda vivemos em um mundo que tudo perdoa aos homens e muito pouco às mulheres, o que é descrito como a ordem natural das coisas. Ordem inóspita para nós e por demais confortável para eles. Cuidado com o senso comum, o que parece óbvio, o "sempre foi assim", o "é da natureza deles", que disfarça uma ideologia que nos é tão desfavorável.

Cuidado, portanto, para não endossar pela omissão, submissão ou vício de sedução, uma ordem que não só não é natural mas é injusta. Que, em casos extremos, evolui para se tornar criminosa. E que precisa acabar.

Um bom exemplo é o conceito de honra. No século passado, quem, solteira, deixava de ser virgem, tinha sido desonrada. Era uma perdida. Perdida ou desonrada era a mesma coisa. Um século mais tarde, há quem fale em piranha, referindo-se a quem faz o que quer do seu corpo. Não há, na gíria, um equivalente masculino.

Homens não perdem a honra, o que quer que façam com seus corpos. Não é neles que ela reside. Só sentem a honra atacada quando perdem a mulher para outro homem e, por isso, já houve quem defendesse o assassino de uma mulher em nome da legítima defesa da honra. O corpo das mulheres vira, assim, uma espécie de coisa sem alma, mas com dono.

Os números assustadores de casos de violência contra as mulheres sugere que é urgente que elas defendam a sua honra, que não reside em uma suposta pureza, mas no seu estatuto de ser humano, livre e respeitado como todos devem ser.

É o princípio de honra feminina que é preciso incutir na nossa cultura e no nosso cotidiano. Que elas não precisam de protetor ou provedor. Ambos cobram e o custo pode ser alto. Que não devem levar desaforo para casa e, sobretudo, ouvi-los dentro de casa. Nem confundir o carinho, traço atávico da cultura feminina, e o instinto protetor que exercitam na maternidade, com a anulação de si que tudo perdoa. O tapinha dói e é véspera da chacina.

Que se envergonhe quem achou graça quando um goleiro boçal perguntou quem nunca saiu na mão com uma mulher. Deu no que deu.
                   
Rosiska Darcy de Oliveira, escritora

Extraído de ESTADÃO

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pensar, pensar


Faleceu hoje o grande escritor português José Saramago. Além de brilhante nas palavras, era um crítico feroz do mundo atual.

Nas palavras do fotógrafo Sebastião Salgado "Ele sempre foi um militante, um homem de esquerda, comprometido com todas as causas sociais, principalmente de Portugal e do Brasil".

A literatura e o planeta estão bem mais pobres.


Leia mais:
Saramago estreou na literatura em 1947 e foi reconhecido nos anos 1980
Blog  "Outros Cadernos de Saramago"

segunda-feira, 10 de maio de 2010

DIA DAS MÃES

Poderia ter postado ontem, mas não tive ânimo ... Não é preciso um dia específico para homenagear as mães e a minha sempre mereceu todas as homenagens.



Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.