"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.
(Dalai Lama)


quinta-feira, 25 de março de 2010

“Assim seja escrito; assim seja feito!”

PROCRASTINAÇÃO
(autoria de Daniel C. Luz *)

“As pessoas comuns preocupam-se apenas em passar o tempo. As que têm talento, em utilizá-lo.”
(Arthur Schopenhauer)


Já lhe aconteceu de ter um problema tão difícil e tão complexo que você não sabia por onde começar a resolver?

Você já teve um exame que envolvia tanta matéria que não sabia por onde começar a estudar? Muitos já passaram por esta situação e se sentiram oprimidos.

Por volta de 1770, Philip Dormer Stanhope – conhecido como lord Chesterfield – decidiu escrever para seu filho uma série de cartas que transmitiam bons conselhos para uma vida que ele considerava ser positiva. Entre os conselhos havia o famoso: “Nunca deixes para amanhã o que podes fazer hoje.”

Procrastinar é deixar para amanhã algo que se tem que fazer hoje. Em muitos casos, as razões aparentes que nos levam a cometer esse erro são: medo, dúvidas ou desculpas. No fundo, porém, o motivo básico é a falta de motivação. A procrastinação é fatal. “Qualquer dia desses vou ao dentista”. “Qualquer dia desses vou fazer aquele cirurgia”. “Qualquer dia desses vou passar mais tempo com a família ... voltar a estudar ... retomar meu regime ... realizar aquele sonho”. “Qualquer dia desses vou entrar em forma”. E o “qualquer dia desses...”, frequentemente, nunca chega. Um dos meus filmes prediletos é o antiqüíssimo Os Dez Mandamentos, onde Charlton Heston, no papel de Moisés, separa o Mar Vermelho para que os hebreus possam atravessá-lo. A cena que me chama atenção refere-se às dez pragas que Jeová enviou aos egípcios. Uma das pragas é a das rãs; havia rãs por toda a parte. O faraó chama Moisés e diz: “Muito bem Moisés, desisto”. E Moisés pergunta: “Quando você quer que eu acabe com as rãs?” A resposta do faraó foi clássica; ele disse: “Amanhã”. Ele devia estar louco! Por que alguém esperaria tanto tempo para acabar com as rãs?

Como você se sentiria ao passar mais uma noite com as rãs? Por que cargas d’água uma pessoa adiaria uma oportunidade positiva? Esperávamos que o faraó dissesse: “Acabe com as rãs agora mesmo!” E, no entanto, ele respondeu: “Amanhã”?!?!
Fazemos isso o tempo todo. Procrastinamos, deixamos para depois as mudanças que sabemos ser boas para nós. Por quê? Talvez sejamos complacentes; talvez sejamos preguiçosos demais para mudar; talvez estejamos com medo porque não sabemos em que essas mudanças implicarão; talvez sejamos orgulhosos demais ou simplesmente teimosos. Seja qual for o motivo, procrastinamos. Ainda mencionando o grande clássico Os Dez Mandamentos, Yul Brynner, que representou o faraó, tinha uma frase saborosa: “Assim seja escrito; assim seja feito!”
Minha dica para você, caso tenha tendência a procrastinar, é que hoje à noite, antes de dormir, anote numa folha de papel algo que pretende realizar amanhã. Deve ser uma tarefa relacionada com uma meta de curto, médio ou longo prazo.
Estabeleça um tempo para cumpri-la. Se perceber que levará mais de uma hora, divida-a em várias partes e comprometa-se a realizar nesse dia pelo menos uma delas. “Assim seja escrito; assim seja feito!”
Cada um se dirige para um objetivo de forma gradual. Em geral, são pequenos passos.
Se não dermos os passos necessários, não progredimos e poderemos, no futuro, andar para trás. Seguindo o conselho de lord Chesterfield que consiste em não adiar o que deve ser feito hoje, podemos conseguir um encaminhamento organizado, harmonioso e firme na direção de qualquer objetivo que estabelecemos para nós.


(*) Diretor da DC Luz Consultoria e Coaching e autor dos livros "Insight" e "Fênix – Renascendo das Cinzas "

Extraído da revista QualimetriaFAAP – nº 221 – janeiro/2010 – p. 92

domingo, 21 de março de 2010

Às Vezes


Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio,
quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida.

(Fernando Pessoa)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Novas Flores



Hoje, dois meses que minha querida mãe partiu, folheando Seleções (ela adorava ler estas publicações), um texto me chamou a atenção. A princípio, o que de fato saltou aos olhos foi a palavra "flamboyants"- considero esta palavra (e a árvore), uma das belezas da natureza - mas, lendo o texto, percebi que se tratava de um sentimento maior do que simples admiração por palavras ou flores, trata-se de amor, saudade.

Quero compartilhar esta delicadeza:

"NOVAS FLORES
Os flamboyants estão floridos. Desabrocharam mais cedo este ano, talvez por causa do calor, esse calor fora do comum que envolveu o Rio desde o começo do verão, como um alerta de perigos futuros para o planeta. Desde janeiro, tenho observado as árvores em torno da Lagoa, a beleza de suas folhas filigranadas, cujo verde vai desaparecendo e dando lugar às flores de um vermelho quase laranja.

Agora sempre presto atenção à floração dos flamboyants e isso tem um motivo: há exatamente um ano, quando eles floriram em março, eu pensei em você. Pensei em como você estava sozinha, inerte no quarto azulado, naquele ambiente frio,
asséptico, cheio de máquinas e fios, sem poder ver a cidade e suas flores, o mar que tanto amava, as montanhas, tudo. Os flamboyants estão florindo e você não pode ver, foi o pensamento que me veio ao dirigir pela Lagoa naquele outro março, a caminho do hospital em Copacabana.

Hoje, um ano depois, as árvores da Lagoa recomeçaram sua floração – e você não está mais aqui. Nunca mais estará, para ver os flamboyants em flor, o mar do Leme, o pontal de pedra com os pescadores ao entardecer – nunca mais.
A vida vai continuar sem você, e a natureza seguirá pondo sóis, desabrochando flores e quebrando ondas, indiferente à ausência de um par de olhos líquidos que a observavam com tanto amor. Parece injusto, mas o que fazer? A vida é assim mesmo, diria o velho clichê. A morte é assim mesmo.

Sempre falo de um conto que me impressionou e que li ao acaso numa revista americana. Por distração, não guardei o nome do conto nem do autor – e jamais pude relê-lo. Mas ele permaneceu em mim. A história falava de um mundo dos mortos, um mundo igual a este em que vivemos, com casas, supermercados, ruas, tudo, apenas com uma diferença: nele, as pessoas desapareciam de repente, como se fossem uma bolha de sabão estourando no ar. E isso só acontecia, esse desaparecimento súbito, quando no mundo dos vivos não restasse mais ninguém para se lembrar delas.
Naquela ocasião, ao acabar de ler o conto, eu me perguntei se não seria mesmo assim. Isso explicaria o impulso que todos nós temos, de uma maneira ou de outra, de deixar rastros em nossa passagem pela Terra. Tudo o que escrevemos, pintamos, tocamos, fazemos, dizemos traz a intenção de deixar uma semente qualquer, de permanecer. De ser lembrado, de não ser apagado, de não se dissolver no ar como uma bolha que estoura. Essa ideia é um alento para nós, escritores. Quem sabe um dia, daqui a muito tempo, quando eu estiver quase apagando, quase desaparecendo naquele outro mundo, alguém lerá algo que escrevi e pensará em mim? Imediatamente, então, meu corpo-espírito tornará a ganhar substância e cor – pensei.

Hoje, o conto me volta à memória, enquanto olho a beleza do Rio neste fim de verão e penso em você. Se acaso estiver num lugar assim, num mundo como o daquela história, fique tranquila, minha amiga – pelo menos enquanto eu continuar aqui. Porque, toda vez que passar por um flamboyant em flor, vou me lembrar de você."


Saudades imensas e eternas!


Extraído de SELEÇÕES

quinta-feira, 4 de março de 2010

Maquiagem Mineral


Conheça a maquiagem mineral, que também ajuda a tratar da pele


Uma novidade que está fazendo a cabeça – e o rosto – de muita gente é a maquiagem mineral. Isso porque, diferentemente das linhas tradicionais, que levam em sua composição produtos químicos, as minerais são produzidas com substâncias extraídas da natureza, como dióxido de titânio, óxido de ferro, óxido de zinco, mica e cloreto de bismuto. Resultado: pouquíssimos danos à pele e benefícios que incluem até o tratamento do rosto – o óxido de zinco, por exemplo, é um importante antisséptico, enquanto o dióxido de titânio ajuda a diminuir a oleosidade e impede a obstrução dos poros.

A maquiagem mineral não contém conservantes, óleos e outras substâncias nocivas. É ideal em casos de pele sensível ou com acne, mas também é recomendada para quem faz tratamentos dermatológicos que envolvam peeling ou uso de laser. Entretanto, isso não significa que você possa se descuidar. “O rosto é uma área extremamente sensível e todo cuidado é pouco” explica a dermatologista Gabriela Nogueira. “Retirar toda a maquiagem antes de dormir e hidratar a pele continua sendo regra”, afirma ela.

Maquiagem mineral dura mais que a convencional
Gabriela aproveita para fazer outro alerta: o fato de a maquiagem mineral usar elementos naturais em sua fórmula não significa o fim do risco de alergia. “Antes de aplicar qualquer produto diretamente na pele é importante conferir se a sua composição não contém alguma substância que cause reação adversa. Pode acontecer, principalmente com o uso frequente”, garante a médica.

O tempo de vida útil é outra vantagem desse tipo de cosmético. Enquanto as linhas tradicionais têm prazo de validade de aproximadamente seis meses, as minerais podem durar mais de dois anos. Na prática, esses produtos acabam sendo, também, um bom investimento para o bolso, especialmente para quem não tem o costume de se maquiar com tanta frequência.

Onde encontrar?
No Brasil, a maquiagem mineral virou moda e algumas marcas nacionais já embarcaram nesse conceito. Descubra qual produto se adepta ao seu bolso:

O Boticário
Contém 1g
Mary Kay
Clinique
Mac


Extraído de GNT e M de Mulher