"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.
(Dalai Lama)


quinta-feira, 31 de julho de 2008

Amigo do peito

Seios grandes, médios ou pequenos?
Aprenda a escolher o sutiã correto


Se nos anos 70 as mulheres queimavam sutiãs, hoje elas agradecem pela criação. Eles seguram, levantam, sustentam, protegem e embelezam. Usar uma camiseta branca de alcinha, sem parecer vulgar, só é possível graças a eles. Com enchimento, sem alças, meia-taça, com alças de silicone, rendados ou de algodão. Tem para todos os gostos e seios.

Apesar de fazerem parte de nosso dia-a-dia, o sutiã não é tratado com a importância que deveria. Hábitos como usá-lo apertado e lavá-lo com menos freqüência do que se recomenda podem causar problemas à saúde. Para esclarecer todas as dúvidas sobre a peça íntima, procuramos Maria Helena Vermot, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia do Rio de Janeiro.

Dra. Maria Helena é enfática: tem que usar sutiã! "A mama não tem músculo. Ela é sustentada apenas por ligamentos, chamados de ligamentos de Cooper. Portanto, a mama, sem um sutiã adequado, cai", afirma a médica. Se você pretende adiar ao máximo a implacável lei da gravidade, é necessário escolher com cuidado o modelo. "Sutiã, em francês, significa sustentação. Para desempenhar bem a função de sustentar, ele não pode ser muito largo", alerta Maria Helena.

Mulheres que têm seios grandes precisam tomar cuidados redobrados. "Mamas grandes requerem modelos especiais. Nada de alças finas, pois além de marcar a pele, elas podem provocar dormência nas mãos. Na hora de praticar exercícios, o sutiã deve dar ainda mais sustentação", recomenda Dra. Maria Helena. Mas, mesmo munida do mais poderoso sutiã, alguns exercícios de alto impacto devem ser evitados. "É o caso da corrida, que estira os ligamentos dos seios", diz a mastologista. O resultado? Seios caídos, que só levantam com cirurgia plástica.

Rendas, algodão ou microfibra?

Comprar um sutiã não é fácil. Em meio a tantas opções, acabamos nos deixando levar por rendas, lacinhos e bordados. Só que, antes de levar para o caixa um modelo maravilhoso, que ficaria lindo de morrer com aquela calcinha cor-de-rosa, preste atenção aos conselhos de Dra. Maria Helena. "Sutiã tem que ser confortável. Deixe as rendas e enchimentos para as noites especiais. No dia-a-dia, prefira os de fibras naturais – como o algodão –, que deixam o ar passar. Também pode-se optar pelos novos modelos de microfibra, mais bonitos. Quanto menos costura em contato com o seio, melhor", ensina a médica.

Resistir à beleza de algumas peças – e ao baixo preço de outras – é prezar pela saúde. Ficou lindo, mas machuca? Esqueça! Por trás do desconforto que alguns sutiãs causam, estão problemas de saúde sérios e inesperados, que vão muito além da dor de coluna. Quem pensaria que aquela enxaqueca, que não passa com remédio nenhum, é culpa do sutiã? Surpresa? O massoterapeuta Kiyoshi Nagaoka, especialista em técnicas orientais de massagem, explica. "Sutiãs muito justos comprimem a musculatura do peitoral – tanto nas costas, quanto na barra de sustentação frontal –, culminando numa contratura muscular na coluna cervical. É essa uma das causas da enxaqueca", diz Nagaoka.

Para o massoterapeuta, a escolha do sutiã adequado é fundamental para se livrar das dores, tratadas com quiropraxia, reflexologia e acupressão. "Imagine que seu cérebro seja um motor de carro. Vestir o sutiã errado seria o mesmo que abastecê-lo com gasolina batizada", compara Nagaoka. "O certo é aquele que não marca o corpo. Dê preferência aos sem costura e evite fechá-los no último colchete", sugere o massoterapeuta.

P, M, G ou GG?

Na hora de escolher o modelo, leve em consideração o tamanho das mamas. Mulheres de seios grandes, por exemplo, não devem usar os tipos sem alça. "Eles servem apenas para seios pequenos. Este modelo mantém o seio no lugar através da compressão. Conseqüentemente comprime também os ligamentos de Cooper", diz a mastologista Maria Helena Vermot. E nada de deixar de lado o vestidinho tomara que caia. "Use o Lib. Ele segura bem, além de não provocar nenhum dano à mama", libera a médica.

Já as menos privilegiadas não precisam mais encarar o silicone. Opções para dar uma grande primeira impressão são muitas, mas cuidado. Alguns modelos devem ser evitados. "Os sutiãs de aumento, com almofadas para enchimento, podem causar edemas se estiverem muito apertados. Prefira os de arames, que moldam os seios, e não têm contra-indicação", sugere Dra. Maria Helena. A única condição é não incomodar ou deixar marcas. Uma outra alternativa são os com fecho na frente. Ao aproximar os seios, dão a impressão de serem maiores. O efeito é imediato e costuma agradar.

Seios grandes, costas nem tanto

Seios grandes nem sempre correspondem a costas largas. Foi pensando nisso, que a Triumph lançou diferentes tamanhos de taça – A, B e C – para cada numeração. Portanto, se você precisava comprar um sutiã 42 para cobrir os seios, mas acaba sobrando tecido nas alças e costas, agora basta recorrer a um modelo 40, com taça C. Já quem tem seios pequenos e costas largas basta optar pela taça A em um número maior.

"Não é apenas uma questão de estética, mas, sim, de saúde. O modelo adequado, com a taça correta, valoriza as formas da mulher, proporciona mais conforto e bem-estar. Um sutiã em desacordo com as proporções do corpo pode, além de interferir na estética, causa problemas de saúde aos seios", explica Ralf Hofmann, diretor de marketing da Triumph.

Questão de higiene

Finalmente você escolheu seu sutiã. Modelo adequado ao formato dos seios, tamanho perfeito, material confortável, e ele adorou a cor. Pensa que acabou? A saúde dos seios e a beleza da peça ainda dependem de mais um fator: a higiene. "Assim como o resto do corpo, a mama secreta uma espécie de suor. Essa secreção é expelida pelos corpúsculos de Montgomery – pequenos carocinhos ao redor da auréola do seio. Portanto, assim como a calcinha, o sutiã deve ser lavado diariamente", afirma a mastologista Maria Helena Vermot.

autora: Laura Cavallieri

Extraído de BOLSA DE MULHER

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